A importância de ensinar as crianças a diferenciar e nomear suas emoções

Entenda o papel transformador que a regulação emocional pode desempenhar na educação do seu filho.

Escrito por Larissa Miranda
03/08/2023 16H34

Sentir é inato do ser humano. Já nascemos sentindo, e as emoções nos acompanham por toda nossa vida. Raiva, tristeza, alegria e todas as outras que surgem de dentro para fora indicam no nosso corpo de que forma o mundo nos afeta. Entretanto, não vieram junto com elas o manual ensinando a como lidar e o que fazer quando elas surgem. O papel de aprender e passar adiante é nosso, e devemos compartilhar isso com nossas crianças desde muito cedo.

Para que se consiga controlar e lidar com uma emoção, é preciso primeiro conhecê-la e entender por que ela está ali. E durante a infância, as crianças ainda estão montando seu repertório básico de vida, ou seja, possuem ainda uma compreensão e comunicação muito primárias. Por exemplo, sabia que o choro e a birra são por algum período de tempo o único recurso que a criança conhece para expressar aquilo que está sentindo (seja ela qual emoção for)? Pois é. Por isso, a regulação emocional é tão importante nessa sensível fase: através dela, ensinamos as crianças a diferenciar as inúmeras emoções, a dar nome àquilo que estão sentindo, a aprender estratégias mais saudáveis de comunicá-las aos outros e a como lidar com elas da melhor forma possível.

Os estudos demonstram que crianças que aprendem a se regular emocionalmente conseguem lidar melhor com suas emoções, e possuem mais chances no futuro de conseguirem pensar em resoluções mais eficazes e assertivas para seus problemas.

Dessa forma, entende-se que ofertar esse aprendizado na infância é dar o pontapé inicial para que a criança aprenda a responder ao ambiente e às inúmeras adversidades da vida de forma mais adaptativa, tendo um repertório mais rico para lidar com frustrações, situações inesperadas e com os altos e baixos que farão parte não só dessa fase, mas também de todas as outras.